Você sabia que no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda limitar o uso de telas
para crianças por faixa etária? A recomendação é a seguinte:
- Entre 2 a 5 anos, deve ser limitado o uso a somente uma hora por dia;
- Entre 6 e 10 anos, o máximo recomendado é de duas horas por dia;
- No caso de crianças mais velhas, a recomendação é de três horas diárias somente.
No entanto, pesquisas mostram números que vão na contramão dessas recomendações.
Uma pesquisa realizada na Grande São Paulo, por exemplo, mostra que em torno de 75% das
crianças entre 7 e 12 anos, passam mais de quatro horas por dia diante de uma tela de TV,
celular, videogame ou computador. E mais! Cerca de 30% das crianças de até 4 anos comem
enquanto lêem, assistem TV, ou jogam games na internet pelo menos 4 vezes por semana, e
desta faixa etária para cima, este percentual dobra.
Ter uma rotina sadia, equilibrada e com atividades diversas, que não extrapole ou desrespeite
os limites, pode ser uma grande e importante aliada contra a dependência em eletrônicos, um
mal que atinge cerca de 65% das crianças do mundo todo!
Não é de se espantar que, este excesso, somado ao estresse do momento que estamos
aprendendo a viver, tem causado diversos tipos de transtornos também nas crianças, como
ansiedade e depressão. Então, é hora de tomar consciência e agir em prol da saúde também
emocional e psíquica de seus pequenos.
Construir uma rotina explorando o lúdico, abrindo espaço e gerando atratividade e interesse às
crianças, oferecendo opções com espaços para diferentes brincadeiras, pode ajudar muito!
Uma dica bem interessante, e muito eficaz, é fazer um quadro de rotinas, que fique bem visual,
para a criança entender, mesmo que ela ainda não saiba ler. E aí ter horário para a música,
para brincar com os pais, para jogar bola, para colorir, pode ajudar na condução e equilíbrio
das atividades com elas.
Criar um jogo, inventar uma história, ler um livro são também formas de tirar o que há de legal
nas telas, e propor algo prazeroso e mais concreta para as crianças.
Tenha o hábito de todo o fim de semana, dedicar um tempo para que eles tenham uma
atividade ao ar livre ou algo em casa, como plantar, algo manual, uma atividade que seja na
contramão da tecnologia, apps ou mundo digital.
É importante entender que, mesmo que o uso excessivo dos meios digitais possa estar
causando prejuízos a saúde mental, ele acabou se tornando durante a quarentena, uma forma
encontrada de buscar entretenimento e de saciar a necessidade de estímulos. O nosso cérebro
é condicionado para buscar estímulos constantes, e no caso da criança, isso tem um custo
alto, pois quando essa superestimulação é tirada, o cérebro dela não descansa e segue
pedindo a continuação desses estímulos.
E a consequência disso é que, depois de se desconectar da tela, a criança olha ao redor e não
encontra nada compatível aos estímulos sensoriais que os eletrônicos podem proporcionar. E
para piorar, muitas vezes elas são até incentivadas ao uso das telas para evitar que fiquem
entediados, como se os eletrônicos fossem os únicos meios de despertar a atenção.
Então, quebre esse ciclo e cuide da saúde emocional, social e psíquica dos seus pequenos.
Recomece diferente, apostando nessas 6 dicas que preparamos para você:
Dica 1
Motive os seus pequenos a brincarem com algo que não tenha pilhas ou baterias. Vale
presenteá-los com um brinquedo novo. Se ele quiser escolher, incentive jogos de construção,
massinha de modelar, pinturas, quebra-cabeça com o tema do seu personagem favorito e
brinquedos lúdicos.
Dica 2
Proponha desafios a eles, como reorganizar os seus próprios brinquedos. O incentive a
escolher algo que não lhe interesse mais, e sugira doar para alguma criança. Esta será uma
excelente oportunidade de ensiná-lo a exercer a solidariedade e o desapego.
Dica 3
Conte histórias e ouça as deles. A leitura e a contação de histórias, auxiliam no
desenvolvimento cognitivo, socioemocional e cultural. Elas devem ser introduzidas junto com
os demais brinquedos, como mais um objeto de prazer e de exploração do mundo. No caso da
contação de histórias, além de ser uma oportunidade de estarem juntos, você pode ajudar a
criança a desenvolver linguagem, compreensão, imaginação, criatividade, entre outras
habilidades que esta prática pode proporcionar.
Dica 4
Demonstre interesse pelas atividades dos seus pequenos. Pergunte o que ele está
fazendo, como está fazendo e se disponha a ajudá-lo no que for preciso. Além disso, elogie as
suas evoluções e vibre com as suas conquistas e descobertas.
Dica 5
Crie regras com metas para o uso dos eletrônicos. De forma amistosa e explicando a
decisão para o seu pequeno, crie uma tabela que estipule o tempo dedicado aos eletrônicos.
Se ele entender e participar, ficará mais fácil de cumprir sem tanta resistência.
Dica 6
Lembre-se de dar o exemplo! Evite ao máximo usar o celular quando estiver com seu filho em
casa. Não adiante um discurso se na prática você também não conseguir dedicar parte do seu
tempo a ele.
Pode acontecer das crianças não respondam bem à retirada ou redução das horas de uso das
telas. Mas devemos ser pacientes e firmes neste processo. O mais importante é que isso
aconteça de forma natural, e que a criança perceba que as mudanças propostas são positivas
para ela.
Na PifPaf você encontra uma enorme variedade de opções de jogos e brinquedos para ajudá-lo
a transformar este desafio, num momento de proximidade, maturidade, união e descobertas na
sua relação com os seus pequenos.
Venha que teremos prazer em atendê-lo e indicar as melhores opções para cada momento ou
realidade.